“Privatizar a Petrobras, Banco do Brasil e Caixa é um absurdo lesa pátria.” Foi assim que o líder do PCdoB na Câmara, Márcio Jerry (MA), definiu a ideia exposta nesta segunda-feira (26) no editorial da Folha de S.Paulo, que defende a privatização de estatais brasileiras. Jerry expressou sua discordância com a proposta da publicação, ressaltando a importância dessas estatais para o desenvolvimento nacional e alertando que a privatização não atende aos interesses do país.

“O editorial da Folha apresentou hoje, em capa, o seu plano de governo para o Brasil. Trata-se de um ataque direto a empresas indispensáveis ao desenvolvimento nacional,” afirmou Jerry.

O texto da Folha argumenta que as privatizações são parte de um processo que, ao longo das últimas três décadas, reformou o Estado brasileiro e promoveu a venda de companhias importantes, como Embraer e Vale, além de setores de telefonia, energia elétrica e bancos estaduais. Segundo o editorial, essas privatizações têm demonstrado sucesso e foram apoiadas até mesmo por administrações que inicialmente resistiram à ideia. O editorial também destacou a existência de 123 empresas sob controle direto ou indireto do Tesouro Nacional, apontando que poucas justificam tal controle. A Folha argumenta que a privatização criteriosa, com regulação adequada, é o caminho a seguir para promover a competição e proteger os interesses dos consumidores.

Além de Jerry, o editorial também recebeu críticas da Ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck. “O editorial da Folha desconhece o papel estratégico das estatais para a economia brasileira, incluindo os setores financeiro e energético,” comentou a representante do Governo Lula.

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